sábado, 20 de fevereiro de 2016

Poesia de tudo, sobre o nada.

Hoje é mais um dia de sol em Paracatu.
Mais um dia onde a fadiga se sobrepõe à disposição,
Mais um dia onde o cansaço e a dor na visão
Decorrente da luz forte e do calor incessante
Vetam em nossas cabeças qualquer cogitação
De organizar um piquenique com a namorada.
Namorada... namorada... Palavra mais gostosa de se falar.
Todos os dias eu acordo, olho para o lado e vejo ela,
Que no tempo presente faz eu acreditar ser aquela que um dia apertará minha mão no meu leito de morte.
Mais um dia quente em Paracatu.
Tudo o que eu faço sempre acaba sendo carregado de doses perigosas de toques de personalidade.
Vejo a mim em tudo aquilo que foi feito por mim.
Nada bonito, nem nada que me dê repulsa.
Sou humano, como qualquer outro.
Tenho defeitos e qualidades, virtudes e estigmas.
Tenho em mim o belo e o feio, o triste e o feliz, o sinônimo e o antônimo.
Eu sou a maior contradição de mim mesmo que pode haver na face da terra.
Ainda assim, tem mais.
O que sou não acaba aí.
Eu ouço, vejo, sinto, provo, gosto, odeio, perdoo, condeno, faço e aconteço.
Sofro por um passado que foi mentira, sonho com um futuro que ainda não é verdade.
De vez em quando sonho que estou de frente a uma multidão,
Todos sentados, olhando para mim, querendo ouvir o que eu tenho a dizer.
Mas eu não tenho nada de novo a dizer.
Nada que já não exista em você.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Fila Brasileiro: A raça mais incrível do universo!

UM CÃO QUE PRESTA!

Não é só por que a raça consegue correr 50km. por hora; 
Nem por ter um dos melhores faros dentre a espécie; 
Nem por chegar a pesar 80kg (pesam no mínimo 50kg); 
Nem por ter um incrível sistema imunológico; 
Nem por ser bem menos acometido pelos males característicos das grandes raças; 
Nem por ser um cão fiel que naturalmente tem aversão a estranhos (é a unica raça que tem um critério de avaliação diferente das outras em competições - o juiz não chega perto do animal); 
Nem por ter uma passada semelhante a dos felinos que lhe permite andar a uma certa velocidade mantendo a cabeça parada, optimizando sua visão, movimentando os dois membros do mesmo lado do corpo ao mesmo tempo, o que lhe dá movimentos muito largos, a sua movimentação é influenciada pelas suas articulações de molosso, o que lhe permite rápidas mudanças de direção; 
Nem por ser a unica raça que eu já vi cujo histórico revela que o cão era usado para caçar seres-humanos; 
E nem por ser um animal que tem alta tolerância a crianças; 
Nem pelo temperamento forte da raça; 
Nem por ser um cão comportado e obediente aos donos; 
Ou por ser usado pelos primeiros donos (os colonizadores do Brasil) como um repelente anti-onças; 
Nem por ser uma raça que era usada para o pastoreio de gado (assim como o pastor alemão, que modestamente, pastoreava ovelhas); 
E nem pela sua pré-disposição natural para a guarda, inclusive sem precisar de adestramento para isto, o fila brasileiro, por seu porte, agressividade quando necessária, e principalmente pela sua coragem, já que não recuam diante de tiros e bombas, é ideal para tropas de choque policiais, que tem a missão de acabar com distúrbios causados por multidões enfurecidas, e devido a esta ultima característica, também é utilizado por tropas de combate das forças armadas.



É que o Exército Brasileiro e o Exército Israelense realizaram, separadamente, testes e estudos com diversas raças para escolherem o cão mais apto ao trabalho de cão de guerra (muito mais complexo do que o trabalho do cão policial). Estas organizações chegaram a conclusão de que o fila brasileiro é a melhor raça de cão para as forças armadas.

O Exército Brasileiro, através de seu reconhecido internacionalmente CIGS - Centro de Instrução de Guerra na Selva, realizou testes durante 5 anos com cães das raças doberman, pastor alemão e o próprio fila brasileiro, levando estas raças a situações extremas, próximas de um real conflito na selva. Chegaram à conclusão que o fila brasileiro é a raça mais apta ao trabalho na selva. Os estudos apontaram que o fila brasileiro teve melhor adaptabilidade às condições inóspitas da floresta amazônica e em ambiente hostil. Teve melhor desempenho na maioria das qualidades testadas, como olfato, resistência, força, coragem, silêncio, entre outras características.

O Exército Israelense fez testes semelhantes em campos de treinamento em Israel, mas em um período menor e com um número muito maior de raças, e também elegeram o fila brasileiro como a melhor raça para a guerra moderna. Segundo o relatório, a característica mais marcante da raça é a coragem, pois não recuam diante do barulho das bombas e dos tiros.

No Brasil é uma das raças oficialmente utilizadas pelo Exército Brasileiro, onde, além de seu uso pelo Comando Militar da Amazônia, é também usado como cão de guerra pára-quedista pela Brigada de Operações Especiais. Tem também destaque como cão farejador ou cão de tropa de choque na polícia do exército, porém, seu uso por outras forças policiais ou pelos corpos de bombeiros militares ainda é muito restrito. No exterior, é amplamente utilizado por várias organizações policiais estadunidenses, inclusive a K9, e também é muito comum o seu uso por agentes penitenciários de presídios de segurança máxima dos Estados Unidos. Também é sabido de seu uso por forças de segurança do Peru, Nigéria, Israel, e Chile
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Reflexões sobre a sorte.

Eu sou uma daquelas pessoas que a sorte segue os passos. Mas, diferentemente daqueles felizardos ganhadores da loteria, eu tenho sorte pro azar.
Ontem enquanto eu voltava da faculdade pra levar o meu TCC para a correção, fui atacado por um enxame de marimbondos - enxame? Melhor dizer uma "matilha" de marimbondos! Uma "boiada" de marimbondos -  que picaram minha testa, minha boca, meus braços e punhos.
Tá, daí eu quase consigo escutar seu pensamento, caro leitor. Quase vejo o desenho das palavras se formando em um balão pomposo sobre sua cabeça, dizendo: Isso pode acontecer a qualquer um!
De fato, pode mesmo! O problema é que eu também faço parte de outra minoria da população mundial, eu sou deficiente visual. Tenho miopia. Preciso do meu óculos para saber o que acontece ao meu redor dentro de distancias superiores a 4 metros.
Ontem eu perdi meus óculos.
Estava voltando a pé, na beira da rodovia, quando sofri o ataque. Ao que minha testa foi picada, meus óculos caíram com o impacto do tapa que dei em minha própria cara. Ele deve ter caído entre a estrada e o paredão de mato alto que era a fronteira daquele caminho maldito de asfalto.
Corri ao outro lado da rodovia, tentando me livrar da nuvem de marimbondos que, insistentemente, me atacavam sem trégua ou piedade. Ao voltar para o caminho de onde perdi minhas lentes de visão, após esperar um tempo pra ver se os mini-gladiadores com asas se acalmaram, já vinha o por-do-sol, e com minha visão embaçada, não consegui localiza-lo.
Gritei sistematicamente aos quatro ventos todo ódio que eu tive dentro de mim.
Não era minha cara inchada que me incomodava, nem o latejar da dor nos locais das ferroadas, nada disso.
Era a falta  do óculos que me doía.
Tive de ir embora, cabisbaixo, enxergando o mundo como no contorno da imagem ao lado.
O ruim era que esse óculos que perdi foi uma aquisição muito, muito demorada. Antes de conseguir compra-lo, eu havia ficado mais de um ano sem óculos, vendo o mundo como uma pintura em aquarela. Agora, minha vida volta a ter a perspectiva de arte abstrata.
Eu fico impressionado como os problemas que me acontecem são consideravelmente maiores do que realmente deveriam ser.
Não que eu ache que sou uma vitima da vida, mas sei lá, não me vejo como um expert pecador para sofrer tamanha perseguição do carma.
A roda do samsara gira mais violenta pra mim.
Todo problema que eu tenho em alguma área da minha vida vem com fermento que o faz crescer além dos limites da forma, parece. A confusão vem atrás de mim, eu suponho.
O pior era que, no momento das ferroadas eu já estava com o astral lá embaixo, tinha em mãos o meu TCC, recheado de "balões" feitos pelo meu coordenador de curso para a correção.
Novamente os dados do destino foram lançados, e eu quero ver o que vai acontecer.
Por mais que a gente se esforce em planejar, ser atento na execução de nossas atividades, parece que o acaso sempre vai querer se fazer ouvido.
Mas ao contrário da ilusória canção 'Epitáfio' dos Titãs, o acaso vai me dar uma rasteira, um soco na boca do estomago ou mesmo uma duzia de ferroadas na cara enquanto eu andar distraído...







































A roda do samsara, o ciclo do sofrimento eterno.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Exterminando o racismo pela raiz!

A ética é o padrão de comportamento que a sociedade espera do individuo.
Numa sociedade plural, é imprescindível a disseminação da ética racial, e tal disseminação se dá mais proveitosamente na infância, no inicio do ensino fundamental.
No Brasil, devido a sua história, o preconceito é quase um fator cultural, daí se faz a importância de medidas de interação racial desde o inicio da formação do individuo, ou seja, desde os primeiros anos do ensino fundamental.
Para tanto, é necessário que haja uma parceria entre escola, família e comunidade para que, durante o processo de aprendizagem exista uma combinação entre qualidades formais - conhecimento e cognição - e qualidades políticas - ideologia e ética - pois o saber só se justifica por meio dessa combinação.
***
A socialização - por onde se constrói a aprendizagem - se dá por processos mentais (consciência), afetivos (carinho) e condutais (cuidado).
A criança é influenciada por aquilo que a cerca, logo se faz necessária a parceria consciente e auto-crítica de escola e família, pilares na construção da personalidade, doutrinando e dando o exemplo da ética racial.
O incentivo ao dialogo acaba propiciando na criança o desenvolvimento da capacidade de compreensão do próximo e de si mesmo.
O envolvimento e a seriedade do professor diante do trabalho com o aluno conta muito, uma vez que quanto maiores forem as expectativas no trabalho, melhores serão os resultados.
~ O racismo é uma manifestação cultural - e não biológica - fundamentada no conceito de raça, uma vez que tal conceito é limitado ao campo político/ideológico, mas baseia-se primeiramente em ideais de caráter xenofóbicos derivados da histórica hegemonia - eurocentrista - ocidental sobre as demais nações e culturas do mundo.
~ A criança, baseando-se no conceito de "certo" ou "errado", pode aprender a interpretar posicionamentos racistas como inadequados.
O ambiente escolar é o local mais propício para se por a prova a assimilação de valores ético-raciais pelas crianças.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O pé fora do ninho.

Vez ou outra todo mundo se pega naqueles momentos de profundo "inside", onde perdemos a noção do tempo e espaço, e nos transportamos para o mundo exclusivo do nosso inconsciente.
Eu mesmo, sou entrada vip no amago de minha mente.

O ano passado foi um ano muito difícil pra mim por uma série de razões. A principal foi que no ano passado eu entendi e decidi que havia chegado a hora de eu sair da casa da minha mãe.
Começar uma vida independente, querendo assumir ou não, parece ser bem mais fácil do que realmente é pra todos os navegantes de primeira viajem. Todavia, essa é uma empreitada que solidificará em você todos os conceitos que você negou durante toda a sua vida, conceitos estes transmitidos a você pelos seus predecessores.
O grito de guerra "Não dependo de ninguém" se tornará uma voz cada vez mais murmurosa dentro de você, sobretudo nos momentos de maior sofrimento, onde você se verá sozinho e desamparado.
Mas eu não estou falando isso pra desanimar ninguém não, isso jamais. Na verdade, hoje eu acredito que o "segundo parto" - uma vez que é neste momento crucial de decisão pela auto-suficiência que nos descobrimos como verdadeiras fragilidades ambulantes - é uma experiencia pela qual todas as pessoas deveriam passar.
Até mesmo pra começar a se respeitar como o animal que é, e entender a importância de caçar pra sobreviver. Enquanto moramos com nossos pais, vemos o trabalho deles e a forma com que encaram as adversidades como padrões arcaicos de comportamento, e logo, desmerecemos qualquer possível credito que tal posicionamento poderia ter a nós, que almejamos tão vorazmente a dita independência. No meu caso, acredito que essa amargura foi maior, uma vez que saí de casa em conflito com a família.

A verdade é que ninguém nunca poderá entender o que passa na cabeça da gente. A psicanálise cria diversas nomenclaturas pra dar algum jeito de o mundo não saber que é louco. Mas qualquer um que pare e pense sobre as configurações das nossas interações sociais vai saber que vivemos em um mundo que carrega sobre sua crosta 7 bilhões de tipos de loucuras diferentes.
Quantas vezes não me peguei preso a uma mesma ideia, repetida sistematicamente na playlist da consciência? Milhares! O Transtorno Obsessivo Compulsivo, popular como "TOC", por exemplo, é mais uma das nomenclaturas criadas pelo homem pra tentar definir aquela pulsão que ele não entende.
E é assim que o homem faz: Tudo aquilo que lhe está além da compreensão acaba virando conceito, crença, verdade inquestionável, opinião, base do firmamento cultural de nossa matriz social, ou é tido como mentira. Nada está livre da pulsão do homem de se sobrepor a todo o resto que existe, nem Deus.
Até mesmo Ele virou conceito, crença, verdade inquestionável, opinião, base do firmamento cultural de nossa matriz social, e não existe nenhum humano na terra que nunca tenha cogitado a possibilidade do mesmo ser mentira.
O "extraordinário" sempre foi e sempre será sujeito a algum cercamento interpretativo por parte do homem. O problema é que tudo o que é "extraordinário" não pode ser totalmente compreendido, não pode ser cercado, emoldurado, pois seus limites são desconhecidos.
Vivemos a vida como se todos os dias fossem iguais, como se fossemos donos do futuro.
Não é verdade! Para morrer, basta estar vivo!

Vez ou outra todo mundo se pega naqueles momentos de profundo "inside", onde perdemos a noção do tempo e espaço, e nos transportamos para o mundo exclusivo do nosso inconsciente.
A importância desses momentos de reflexão está justamente na sua configuração, onde avaliamos as nossas intenções, e, por sempre vermos nossas intenções como "boas intenções", acabamos nos julgando pessoas boas. Esquecemos da regra maior do Universo, aquela que diz que somos avaliados com o mesmo peso que avaliamos os outros. Ou seja, o que conta no final são as nossas atitudes.
As atitudes, assim como as intenções, são manifestações de nossa existência e são, por sua vez, neutras de qualquer atribuição real de "bom" ou "ruim", exceto pelo sentido moral de cada pessoa tem em sua avaliação. Graças a Deus, é de saber de todos que a maioria das pessoas aderem à uma mesma configuração de critérios avaliativos, ou seja, A MAIORIA PENSA IGUAL, mesmo que veja tudo diferente.
Quando a gente percebe que são as nossas atitudes que precisam ser alvo de nossa atenção, cuidado e planejamento - e não as intenções - aí sim, chega o momento em que você consegue dar o tão esperado primeiro passo pra fora do ninho, e entra no caminho que levará à independência. Na verdade, esse lapso de clareza nem sempre acontece a todos. Creio eu que essa iluminação é uma benção que só quem é escolhido tem.
Você já se sentiu escolhido? Separado do resto do mundo por algo em você que só você enxergava? Eu me vejo assim desde sempre. Não é arrogância, é só um traço que eu mantenho vivo desde a infância. Todo mundo se vê de alguma forma, eu me vejo assim e foda-se o resto.
Até porque, quem nunca teve a sensação de estar sendo observado?

Voltando ao assunto (e tentando ser mais direto, após ter dado mais voltas argumentativas do que político durante prestação de contas), acredito que a maior parte dos sofrimentos que tive no começo de minha caminhada longe do seio materno se deu justamente por essa falta de consciência acerca  do que eu disse sobre atitudes e intenções. Se eu não tivesse emoldurado e limitado tanto a ideia de viver só diante do nosso mundo cruel e opressor, talvez, TALVEZ MESMO eu não tivesse sido tão despreparado nos primeiros e amargos momentos da vida independente. Eu teria aceitado o mistério como algo tão real quanto a certeza, e talvez tivesse tido um pouco mais de respeito diante do maior oponente do coração, que é a solidão.

Mas a vida é assim. Com o tempo, a gente aprende a ser mestre de si mesmo.

ABERTURA. PUBLICAÇÃO "PILOTO".

Bom dia.

Essa é a primeira publicação deste humilde blog, recipiente onde pretendo excretar as minhas amarguras. Aqui também pretendo trazer tudo aquilo que me toca durante o meu cotidiano.
Eu tinha um blog aos meus 18 anos de idade (hoje tenho 25) d'onde eu publicava um monte de bobagens adolescentes, e hoje, depois de sobreviver a uma porção de apocalipses emocionais, me sinto mais seguro pra escrever sem correr o risco de me expressar imaturamente.
Mas é aquela coisa né? Eu com 18 anos também achava que minhas palavras eram carregadas de seriedade e sabedoria. Vaidade das vaidades!
Como você deve ter lido na descrição do blog, eu não tenho em mente - ao menos por hora - nenhuma programação pra este blog. Nem um objetivo concreto que justifique a existência do mesmo eu disponho ainda, salvo fazer dele meu penico de sofreres.
Como eu sou naturalmente uma pessoa pessimista, conteúdo não deve faltar. Só não garanto que haverão também no hall das minhas publicações qualquer coisa alegre, feliz ou maquiada.
Não, minha senhora, esse não é um blog feliz. Se você quer felicidade, clique no "xizinho" no alto do seu navegador e viva uma vida feliz a sua maneira.
Mas agora, se você quer seguir um blog de profundidade abissal, aqui é o lugar certo.
Mas não hoje.
Hoje eu estou sem tempo para escrever, e essa publicação rápida só está aqui por causa da minha displicência com meus horários.
E esteja certo, meu caro leitor, que se você chegou até essa parte do meu texto é porque vossa senhoria é muito paciente.
A paciência é uma virtude, e graças a sua virtude, você acaba de descobrir um blog único: O único que não presta!

Muito obrigado!