sábado, 20 de fevereiro de 2016

Poesia de tudo, sobre o nada.

Hoje é mais um dia de sol em Paracatu.
Mais um dia onde a fadiga se sobrepõe à disposição,
Mais um dia onde o cansaço e a dor na visão
Decorrente da luz forte e do calor incessante
Vetam em nossas cabeças qualquer cogitação
De organizar um piquenique com a namorada.
Namorada... namorada... Palavra mais gostosa de se falar.
Todos os dias eu acordo, olho para o lado e vejo ela,
Que no tempo presente faz eu acreditar ser aquela que um dia apertará minha mão no meu leito de morte.
Mais um dia quente em Paracatu.
Tudo o que eu faço sempre acaba sendo carregado de doses perigosas de toques de personalidade.
Vejo a mim em tudo aquilo que foi feito por mim.
Nada bonito, nem nada que me dê repulsa.
Sou humano, como qualquer outro.
Tenho defeitos e qualidades, virtudes e estigmas.
Tenho em mim o belo e o feio, o triste e o feliz, o sinônimo e o antônimo.
Eu sou a maior contradição de mim mesmo que pode haver na face da terra.
Ainda assim, tem mais.
O que sou não acaba aí.
Eu ouço, vejo, sinto, provo, gosto, odeio, perdoo, condeno, faço e aconteço.
Sofro por um passado que foi mentira, sonho com um futuro que ainda não é verdade.
De vez em quando sonho que estou de frente a uma multidão,
Todos sentados, olhando para mim, querendo ouvir o que eu tenho a dizer.
Mas eu não tenho nada de novo a dizer.
Nada que já não exista em você.

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